Hi, cyber-astronauts!
Curiosidade: Sabia que ontem, 9 de abril, — além de ter sido um domingo de Páscoa — é marcado como o dia em que a NASA anunciou o seu primeiro grupo de astronautas? Em 1959, a NASA divulgou a seleção dos primeiros sete astronautas dos Estados Unidos, apelidados de Mercury Seven. No auge da Guerra Fria, os sete primeiros astronautas do Projeto Mercury foram importantíssimos para a exploração espacial e estiveram em todas as missões tripuladas do programa entre 1961 e 1963.
A data se torna ainda mais emblemática, pois, em 2024, a NASA irá lançar um voo tripulado à Lua, após mais de 50 anos.
{Saúde = Em Nova York, algoritmos determinam quem pode ou não receber tratamentos médicos};
Aposto que você já agradeceu aos algoritmos na hora de escolher um filme na Netflix ou quando recebeu aquela indicação de uma banda nova, baseada nas músicas que você ouve no Spotify. Os algoritmos, querendo ou não, make our life better. Mas nem sempre eles jogam ao nosso lado e, para os aposentados da cidade de Nova York, eles são inimigos mortais.
Calma que vou te explicar melhor. Para economizar dinheiro, o governo de Nova York está transferindo funcionários aposentados do plano Medicare para o plano Medicare Advantage — e já adianto que muitos não estão felizes com isso. O descontentamento é porque os planos Advantage utilizam ferramentas algorítmicas preditivas para facilitar o processo em que as seguradoras de saúde negam cobertura médica aos pacientes.O médico e o monstro (Ou é o monstro)
#Como funciona o plano Medicare Advantage?
O Medicare começou lá em 1995 como um programa de seguro de saúde, administrado pelo governo, para ajudar a financiar tratamentos médicos para idosos com mais de 65 anos e que, geralmente, eram considerados um risco muito grande pelas seguradoras privadas.
O Medicare Advantage é uma evolução do programa montado em meados dos anos 90, e em primeiro momento, parece uma excelente opção, pois é mais barato do que outros seguros oferecidos pelo governo e a contratação é mais simplificada. Mas o Advantage deixa todos os benefícios do segurado nas mãos de uma companhia privada de seguros, como hospitais, médicos e medicamentos — basicamente tudo.
The big deal é que a administradora acaba tendo mais controle sobre os pagamentos e, com isso, conseguem exigir que os idosos e seus médicos obtenham aprovação antecipada para praticamente qualquer coisa, exceto um check-up. Aí, a equação fica simples: Quanto menos procedimentos ela tiver que pagar, mais lucro terá, por isso, a tendência é que diversos procedimentos sejam negados com frequência.
#Onde entram os algoritmos nessa história?
Adivinha quem determina se os pacientes inscritos na Medicare Advantage terão ou não seus procedimentos médicos aprovados? That’s right: os algoritmos. Segundo um relatório divulgado pela revista médica Estado, as companhias de seguros privadas têm usado ferramentas algorítmicas para identificar o momento exato em que podem interromper o pagamento do tratamento de um paciente da Advantage.
A ideia é que os algoritmos apenas ofereçam recomendações e não substituam o julgamento médico, entretanto os profissionais da Medicare implementam as recomendações sem qualquer exame clínico nos pacientes.
O caso é o seguinte: Se seu médico constatar que você precisa fazer uma cirurgia para evitar um ataque cardíaco, e a ferramenta algorítmica afirmar que você não precisa desse procedimento, você tem algumas opções: pagar pela cirurgia, contrair dívidas ou esperar que possa contestar a decisão da seguradora. Ou, se você não puder pagar por conta própria, o que resta é esperar e torcer para que seus recursos sejam atendidos antes que você tenha um ataque cardíaco.
Em outras palavras, a falta de médicos, ou outras pessoas com treinamento médico, para definir, juntamente com os algoritmos, quem tem direito a cuidados clínicos, acaba afetando idosos gravemente enfermos que não estão cientes dos algoritmos nem são capazes de questionar seus cálculos.
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Fonte: thehack.com.br